Como em 'além da ilusão', vidros texturizados típicos dos anos 40 voltam a ser tendência
É o caso dos vidros texturizados.
Também conhecidos como vidros fantasia, nos últimos anos eles voltaram a protagonizar projetos de arquitetura e interiores. O material texturizado se tornou o queridinho por misturar estilo e beleza à privacidade e eficiência, já que permite o aproveitamento da luz natural num ambiente.
O revestimento pode ajudar muito na privacidade, porque a textura fosca deixa que a iluminação entre sem que haja transparência completa. Conforto garantido! Até mesmo num espaço interno de armário, por exemplo. Bora ver com a gente uns exemplos?
Transparência sem mostrar
Este apartamento de 130 m2 em Botafogo (acima à esquerda) é de uma família composta por um casal na faixa dos 40 anos (Fernanda e Marcos), com dois filhos de 14 e 8 anos (Juliana e Lucas). Os pais são supermodernos e adoram projetos industriais. Como o imóvel é pequeno (tanto a sala quanto os quartos), os arquitetos tiveram que criar soluções para gerar muitos espaços de armazenamento, em especial armários. No projeto do escritório Beta Arquitetura, a cozinha foi integrada à sala e ganhou uma ilha em granito e, acima dela, uma estrutura metálica com prateleiras vazadas, fixada no teto. Já os armários superiores receberam portas com perfis de alumínio preto e fechamento frontal em vidro quadriculado, reforçando assim a atmosfera industrial solicitada pelo casal. “Além disso, como esse tipo de vidro tem uma translucidez opaca que não revela totalmente os itens armazenados, o ambiente não fica tão poluído visualmente, como aconteceria no caso de um vidro tradicional transparente”, explica o arquiteto Bernardo.
Já o apartamento da Barra, de 81m2 (acima), foi assinado pela arquiteta Adriana Esteves para uma fonoaudióloga aposentada. Sua finalidade hoje é acomodar bem a filha, o genro e os netos, que moram fora do Rio. A proprietária, que vive atualmente numa cobertura no Recreio, reformou o imóvel com planos futuros de se mudar para um apartamento menor.
O banheiro original da suíte virou closet e o quarto de serviço foi transformado em banheiro, com portas de correr em alumínio e vidro canelado, promovendo a integração física e visual entre os espaços. “Não era necessário um quarto de serviço. Para um local de férias, seria mais importante um banheiro confortável e um closet”, explica Adriana.
Num apê no Flamengo (à esquerda) , o arquiteto João Panaggio já mandou quebrar as primeiras paredes no dia da entrega das chaves, aproveitando o período de trâmite da compra para iniciar o projeto. As principais alterações na planta original foram no quarto e no banheiro de serviço, convertidos em lavanderia; a antiga lavanderia foi integrada à cozinha, possibilitando o acesso à janela com vista para o Aterro do Flamengo. As paredes entre a cozinha e a sala de jantar foram removidas, integrando os espaços. O destaque é a divisória em vidro canelado que separa a lavanderia, sem isolar o cômodo por completo, permitindo a entrada de luz e assumindo o espaço como parte da casa, sem escondê-lo.
Fonte: Extra
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